O diretor-presidente da Agência Reguladora do Município de Anápolis (ARM), Robson Torres, informou nesta quinta-feira, 18, que encaminhou pedido à Diretoria Jurídica do órgão para que analise a possibilidade de propor ação judicial contra empresa contratada pela Saneago que tem apresentado falhas em serviços realizados na cidade.
Trata-se da Sobrado Construção Ltda, que segundo Robson tem feito um serviço de péssima qualidade para a população anapolina. Nesta última semana, a Coordenadoria Setorial de Água e Esgotos da ARM verificou diversos problemas em intervenções feitas pela empresa na Vila Nossa Senhora D’Abadia.
“Temos provas robustas do descaso e da negligência com os serviços executados naquele setor”, aponta o diretor-presidente da ARM. Ele cita a falta de recuperação das vias e calçadas, há mais de 30 dias do serviço realizado. “Estamos ferindo a cláusula sexta do contrato”, completa.
Um dos pontos vistoriados pela ARM, a Rua João Pimenta da Veiga, está com uma das faixas praticamente intransitável. A vala aberta pela empresa para mexer na rede de água foi coberta apenas com terra e não recebeu nova pavimentação asfáltica.
Em outra via, a Rua Belém, a mesma vala sem pavimentação tem formado uma diferença de nível em relação ao asfalto existente, colocando em risco, principalmente, motociclistas no período noturno. As fotos feitas pelos fiscais da ARM, com dados comprovando a localização, foram disponibilizadas à reportagem do DM Anápolis.
Para Robson Torres, trata-se de um descaso da empresa com a população, já que não há uma conclusão do serviço e nem qualquer apresentação do motivo que levou a Sobrado a não retornar à Vila Nossa Senhora D’Abadia mesmo tendo passado tanto tempo da obra.
É possível verificar que mesmo nas vias em que as valas foram pavimentadas, o serviço não tem boa qualidade. Os moradores acabaram tendo, ao final, uma via com um padrão inferior antes da chegada ao local da empreiteira contratada pela Saneago. “É preciso cumprir prazos e fazer um trabalho com a qualidade acordada em contrato”, frisa Robson Torres.
O pedido de análise para uma ação judicial contra a empresa não diz respeito apenas aos fatos já constatados, mas também uma medida preventiva para novos problemas. “O importante é impedir que ela dê continuidade em outras obras na cidade”, revela o diretor-presidente.
Robson afirma que a decisão de judicializar a situação acontece após solicitações feitas pela ARM para readequação dos serviços prestados para a população de Anápolis via Saneago.
Fonte: DM Anápolis