O prefeito de Anápolis, Roberto Naves, deixou o PP na tarde desta segunda-feira, 18. A saída foi confirmada com exclusividade pelo Jornal Opção.
Questionado para qual partido irá agora, Naves adiantou que tem boa relação com o PDT de Flávia Morais, com o Patriota, de Jorcelino Braga, e com o PL. No entanto, o mandatário garante que vai se filiar a um partido de direita, no intuito de manter a coerência política e ideológica.
Além disso, Naves assegura que não tomará nenhuma decisão sem antes conversar com o governador Ronaldo Caiado, a quem se refere como um grande aliado político.
Crise no PP
A saída de Roberto Naves acontece logo após o PP confirmar apoio à pré-candidatura de Leandro Ribeiro à prefeitura anapolina. Conforme fontes à reportagem, Naves, que já vinha de uma relação desgastada com Alexandre Baldy, presidente estadual da legenda, recebeu a notícia do lançamento de Ribeiro como a “gota d’água”.
A confirmação do apoio a Ribeiro aprofundou ainda mais uma crise que já vinha se desenrolando entre Naves e o presidente estadual do PP, Alexandre Baldy. Na foto tirada após a reunião de hoje, segunda-feira, 18, da cúpula do PP em Goiás, Roberto Naves sequer aparece.
O lançamento do nome de Ribeiro, que na Câmara tecia críticas constantemente à gestão municipal, teria sido visto por Naves quase como uma provocação por parte de Baldy – uma vez que os dois políticos teriam se desentendido e estariam cada vez mais distantes após isso.
Outro ponto que teria contado na decisão de Naves de deixar, em breve, o partido foi a possibilidade de Ribeiro dar o apoio do PP a Antônio Gomide no pleito municipal, podendo até fechar uma vice na chapa do petista.
Vale lembrar que Naves é um dos principais nomes da direita em Anápolis, já tendo declarado apoio ao nome do Major Vitor Hugo na cidade. Recentemente, o prefeito chegou a dizer ao Jornal Opção que estava “plenamente satisfeito com essa postura do PP” em relação ao governo Lula – se referindo à oposição feita pelo partido.
Por isso mesmo, o anúncio do presidente da Câmara, Arthur Lira, de que PP agora é base de Lula no Congresso serviu como um verdadeiro balde de água fria.