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”Fechamento do hospital não é culpa da Prefeitura”, diz administrador do Hospital Dia de Psiquiatria.


Em reunião com prefeito Roberto Naves e secretária Elinner Rosa, Marcelo Lucius afirmou que os principais fatores de encerramento das atividades são valores pagos pelos planos de saúde e pela tabela do Ministério da Saúde.

“Estou exausto e não quero colocar a culpa em ninguém. Essa é uma situação que vêm se arrastando por anos e agora é inevitável. É uma consequência que não tem nada a ver com a Prefeitura ou com ninguém. O fechamento é uma decisão nossa”. Essas foram as palavras do administrador do Instituto de Psiquiatria Professor Wassily Chuc (Hospital Dia de Psiquiatria), Marcelo Lucius, em reunião na tarde da última quinta-feira, 03, com o prefeito Roberto Naves e com a secretária municipal de Saúde, Elinner Rosa.

Diante da situação exposta na mídia, Roberto Naves propôs o encontro com a diretoria do hospital e colocou a Secretaria Municipal de Saúde à disposição para auxiliar a instituição. “É um local que ampara os anapolinos há anos e, mesmo sendo particular, tem convênio com o município e estamos aqui com a administração para ajudar no que for preciso”, disse o chefe do executivo.

A disposição de auxílio também foi compartilhada pela secretária municipal de Saúde Elinner Rosa que afirmou que todos os repasses à intuição foram feitos conforme as regras do convênio e o valor disponibilizado pelo SUS. A informação foi confirmada por Marcelo Lucius. “Não há fechamento por causa da Prefeitura. É uma situação que se arrasta por anos e não conseguimos segurar mais”, frisou.

O administrador do hospital relatou que são vários fatores que estão acarretando no fechamento. Entre eles, os baixos valores pagos pelos planos de saúde e também pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais (Sigtap), índice aplicado em todo o País pelo Ministério da Saúde. Segundo Marcelo Lucius, os valores repassados tanto pelo SUS quanto pelos planos de saúde são incompatíveis com as despesas e relatou que, inclusive, já pediram descredenciamento de convênios particulares.

Diante da situação, Roberto Naves garantiu que todos os pacientes serão absorvidos pela rede de saúde mental composta por três Centros de Atenção Psicossocial (Caps), inclusive dois em sistema 24h com internação, e o Ambulatório de Saúde Mental. “Os pacientes não ficarão desamparados. Vamos absorver nas nossas unidades”, afirmou.

Outra proposta de auxílio veio com a ideia de aproveitar as instalações do hospital para implantação de uma unidade Caps, já que possui estrutura adequada para atendimento de qualidade aos pacientes. De imediato, a secretária Elinner Rosa se dirigiu ao local para verificar a possibilidade. “É uma excelente estrutura que pode somar muito com a nossa rede e já estamos verificando a possibilidade de locação junto à administração do hospital”, disse a secretária.


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