A menina de 4 anos que foi espancada pela mãe e pela madrasta até ficar com o rosto desfigurado teve alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nesta terça-feira (4), segundo o Hospital Estadual de Urgências da Região Noroeste de Goiânia Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia. Segundo a polícia, a criança teve fraturas, um coágulo na cabeça e sinais de queimadura.
A criança passou por cirurgia para correção das fraturas nos dois antebraços na última sexta-feira (31) e agora segue o tratamento na enfermaria da unidade, segundo o Hugol. A mãe e a madrasta da menina foram presas no dia 28 de março suspeitas das agressões. Em um vídeo é possível ver que a criança está com a cabeça e os braços inchados e com ferimentos.
Agressões ocorriam há semanas
Ao g1, o delegado Fernando Gontijo explicou que ainda não foi possível apurar há quanto tempo a menina era agredida. No entanto, os machucados apontam que as agressões aconteciam há semanas.
Segundo a polícia, a criança estava com as mulheres há apenas dois meses. A corporação explica que, antes disso, a menina morou com uma mulher amiga da mãe. Essa mulher com quem a menina morou desde os 2 anos de idade, de acordo com a polícia, chegou a entrar com pedido de adoção da menina meses antes de ela ser agredida pela mãe e pela madrasta.
O delegado ainda contou que as suspeitas escondiam a menina dos familiares para que eles não tivessem conhecimento das agressões.
"Elas escondiam a criança. A mãe somente apresentou a criança na delegacia porque o tio da crianca, entrou na casa sem autorização da mãe e viu o estado da criança", detalhou Fernando.
A polícia informou que a menina não foi registrada pelo pai e que não tem informações sobre ele ou se ele tinha conhecimento das agressões.
Prisão por tentativa de homicídio
Segundo a polícia, as mulheres foram presas no dia 28 de março, após a mãe da menina procurar a delegacia para denunciar a companheira, que segundo ela, teria agredido a vítima. A mãe, porém, também acabou sendo presa depois que a polícia comprovou que ela participou do crime.
“A criança está toda destruída, precisamos correr com ela para o hospital de Morrinhos. Devido a gravidade, ela foi transferida para Goiânia. No relatório médico preliminar, ela tinha até queimaduras. Vamos aguardar o laudo para saber o que realmente aconteceu. Acreditamos que as agressões já ocorrem há alguns dias”, afirmou Fabiano.
As duas foram autuadas por tentativa de homicídio qualificado. Segundo a polícia, a mãe da menina também pode responder por falsa comunicação de crime.