O Anápolis iniciou nesta segunda-feira (17) a preparação para a final do Campeonato Goiano, que decide com o Vila Nova em dois jogos - dia 23, no Jonas Duarte, em Anápolis, e dia 30, no Serra Dourada, em Goiânia. Técnico do Galo da Comarca, Ângelo Luiz destaca a capacidade de superação do elenco na competição, a qualidade técnica e o comprometimento tático dos jogadores.
Campeão do Interior, finalista do Goianão e com vaga garantida na Copa do Brasil 2026, o "time resiliente" do Anápolis cobiça o título do Estadual contra a equipe vilanovense, que vive jejum de 20 anos sem ganhar o Campeonato Goiano.
"Respeitamos as equipes da capital, sabemos que têm estrutura superior e disputam competições de peso no cenário nacional. Mas vamos fazer uma preparação para brigar pelo título e tentar fazer uma vantagem em casa para decidir em Goiânia", disse Ângelo Luiz, que era o preparador físico do Anápolis no último ano em que o clube foi finalista do Estadual, em 2016 - 0 técnico era Waldemar Lemos e o time perdeu a decisão nos pênaltis (5 a 4) para o Goiás, no Serra Dourada.
Ano passado, sob comando de Ângelo Luiz, o Galo da Comarca foi vice-campeão da Série D. Por isso, o treinador conhece a atmosfera de uma final de competição.
O time resiliente passou por situações embaraçosas no Goianão.
Na 1a fase, teve o volante Samuel Michells expulso aos 10 minutos do primeiro tempo diante da Jataiense, sofreu gol e, com dez jogadores, virou a parada no segundo tempo (2 a 1) em Jataí, com gols de Igor Cássio e Fábio. No intervalo, foi possível reorganizar a equipe com menos um jogador em campo.
Na difícil classificação contra a Abecat Ouvidorense, nas quartas de final, o Galo da Comarca desperdiçou dois pênaltis no tempo regulamentar, perdia por 2 a 0 e chegou ao empate (2 a 2) após os 40 minutos da etapa final. Nas penalidades, o Anápolis acertou duas cobranças na mesma trave, mas igualou as coisas e saiu vencedor por 5 a 4.
Na vitória de 3 a 2 sobre o Atlético-GO, na semifinal, o placar era adverso no primeiro tempo, mas o Anápolis chegou ao empate e à virada.
Conhecido como "Figura" em Anápolis e nos municípios vizinhos, como Teresópolis e Goianápolis, onde foi criado e tem familiares, Ângelo Luiz é primo em segundo grau do cantor Leonardo. O pai de Ângelo, o ex-jogador da várzea e do Ipiranga (clube de Anápolis que disputou o Goianão até o início da década de 1990) Wilton Luiz, é primo em primeiro grau do sertanejo.
Ex-atacante e revelação da base do Anápolis na década de 1990, Ângelo passou por várias equipes, se formou em Educação Física e voltou a trabalhar no clube. Desta vez, na comissão técnica. Foi interino na Série D, após a saída de Luiz Carlos Winck, e depois assumiu o cargo no lugar de Hemerson Maria.
Boleiro, Ângelo Luiz também disputa torneios amadores em Anápolis e no Entorno, com equipes fortes das ligas de Trindade e Inhumas. Na manhã de domingo (16), após a classificação e a vitória diante do Atlético-GO no sábado (15), o atacante incomodava os marcadores num dos campos de Goianápolis.
Segundo ele, ainda há fôlego para disputar o "campeonato dos cinquentões" - ano passado, o artilheiro da competição foi o próprio Ângelo Luiz, com 16 gols.
