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Família de jovem internada após cheirar pimenta consegue arrecadar 166 mil, para montar estrutura para recebê-la, em casa.


A vaquinha online criada para auxiliar no tratamento de Thaís Medeiros, jovem que está internada desde fevereiro após reação alérgica severa a pimenta, bateu sua meta. Inicialmente, estava estipulado o valor de R$ 110 mil, mas, até a manhã deste domingo (18), já foram arrecadados mais de R$ 166 mil.

Com este valor, a família da jovem vai conseguir montar a estrutura necessária para recebê-la após alta hospitalar. “A gente já tá com o quarto da Thaís pronto aqui”, afirmou Adriana Medeiros, mãe da jovem.

Thais Medeiros (esquerda) e garrafa de pimenta em conserva que ela cheirou (direita) Goiás — Foto: Matheus Lopes de Oliveira/Arquivo Pessoal e Reprodução/TV Anhanguera

Adriana agradece a todos que têm ajudado e mandado mensagens positivas à família. Entretanto, ainda existem outros passos até a saída de Thaís do hospital. Adriana conta que, para que a jovem retorne para casa, é preciso receber alta clínica, para posteriormente dar início a 25 dias de reabilitação, e só então sair do hospital.

Quando questionada se o valor arrecadado pela vaquinha será suficiente, Adriana diz: “Não, ela [a vaquinha] não é suficiente, porque o tratamento da Thaís é muito longo”. Apesar dos elogios à estrutura e atenção da equipe do Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo, a família de Thaís lembra dos custos adicionais que o tratamento prolongado vai exigir.

À reportagem, Sérgio Alves Silva, marido de Adriana, compartilhou que a família fez um levantamento prévio, com pessoas em situações semelhantes, sobre os tratamentos que viriam após a alta. “Um valor de um tratamento desse, anual, assim que a Thaís sair do hospital, a gente vai gastar em média uns R$ 250 mil por ano”, disse.

O padrasto de Thaís compartilha que a jovem tem apresentado melhoras significativas. “Ela está reagindo muito bem”, afirma. Entretanto, Sérgio diz que a preocupação da equipe médica com o possível surgimento de escaras atrasa a alta clínica, que será seguida do período de reabilitação.

Escaras são feridas na pele que surgem como consequência de uma grande pressão aplicada na pele, as feridas são mais comuns em pessoas com capacidade limitada para mudar de posição. Até a melhora desse quadro, não existe previsão para o começo da reabilitação.

Thaís Medeiros, trancista de 25 anos, foi internada na Santa Casa de Anápolis após ter reação alérgica severa depois de ter cheirado um pote de pimenta bode em conserva, durante um almoço na casa da família do então namorado.

O caso aconteceu em 17 de fevereiro e Thaís logo foi transferida para uma Unidade de Tratamento Intensivo em Goiânia. Durante os exames foi constatado um edema cerebral que deixou sequelas consideradas irreversíveis pela equipe médica.

A jovem teve alta da UTI no dia 30 de abril. Durante os últimos quatro meses a jovem apresentou quadros de pneumonia, que foram eventualmente controlados. Desde então, Thaís não consegue andar ou falar. A expectativa médica é que, logo após alta clínica, ela inicie a reabilitação.


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