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Em parto raro, bebê nasce empelicado em Iporá; vídeo.


A médica do Hospital Evangélico de Iporá, Leandra Campos, se surpreendeu quando uma das gêmeas de Naiara Santos nasceu sem o rompimento da bolsa e na posição sentada. Durante o parto, primeiro veio a Rafaella, que não estava empelicada e nasceu na posição normal (pela cabeça). Minutos depois, veio a Isabella, que saiu da barriga da mamãe ainda na placenta e em posição pélvica (sentada).

A cada 80 mil partos de bebês, um deles pode nascer empelicado. Desde dezembro de 2021, apenas dois casos aconteceram em Goiás, um na capital e outro em Mineiros, Região Sul de Goiás. Completando o terceiro caso, nesta segunda-feira (10), a bebê nasceu empelicada em Iporá, a 216km de Goiânia.

“Sempre que vai nascer empelicado a equipe toda fica no centro cirúrgico na expectativa se vai estourar na saída ou não. Quando não estoura, todos ficam muito felizes. É muito lindo ver o bebe dentro da bolsa ainda como se estivesse dentro do útero. Eu vejo Deus mesmo naquele momento. A mágica da vida”, explica a obstetra.

As duas gêmeas e a mãe, Naiara Santos, passam bem e receberam alta na tarde desta terça-feira (11).

As duas gêmeas e a mãe, Naiara Santos, passam bem e receberam alta na tarde desta terça-feira (11). (Foto: Leandra Campos)

Parto empelicado

Situações assim são raras, uma vez que o saco gestacional estoura quando o bebê está prestes a nascer, inclusive em procedimentos como a cesárea, como foi o caso de Naiara. Normalmente, após o parto, a bolsa é rompida pelo médico e a criança retirada.

Entre 96% e 97% dos bebês ficam de cabeça para baixo até o parto, mas apenas 3% a 4% nascem sentados ou, o que é ainda mais raro, deitados. Isso pode acontecer quanto há a existência de gravidezes anteriores, quando a gestação é de gêmeos, quando o líquido amniótico é insuficiente ou em excesso, quando há alterações na forma do útero ou presença de mioma uterino.

De acordo com Leandra, a gestação das gêmeas Rafaella e Isabella foi muito tranquila e não apresentou nenhuma complicação que normalmente ocorre em gravidez gemelar. “Eu nunca tinha feito uma pélvica empelicada, sempre as empelicadas nasciam de cabeça, e não sentada de bumbum. Aí foi muito lindo”, falou emocionada.

Apesar de raros, Leandra, de 34 anos, já fez alguns partos empelicados durante seus sete anos como obstetra. Ela conta que não há emoção maior, pois é como se visse ao vivo como o bebê fica dentro da barriga.


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