Uma criança de 4 anos teve parte do dedo amputado após ter mão prensada em no armário da escola, em Goiânia. Indignada, a mãe de Caleb Fernandes, Amanda Fernandes Araújo, conta que o que foi afirmado pela instituição é que uma professora teria prendido o dedo de forma acidental no local.
“Eu entrego meu filho com todos os dedos e ele volta pra casa faltando um pedaço?”, questionou.
O caso aconteceu na quarta-feira, 10 e está sendo investigado pela Polícia Civil. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação (SME) de Goiânia, foi instaurado um procedimento para apurar o caso e oferecer o suporte necessário à família (veja nota completa ao final da reportagem).
A secretaria ainda informou que os servidores da instituição providenciaram atendimento médico imediato para a criança e que a pasta disponibilizou acompanhamento psicológico à família e acionou o Núcleo de Mediação de Conflitos para orientar profissionais e a comunidade escolar.
A mãe conta que, no dia do incidente, recebeu uma ligação da diretora da unidade, informando que teria acontecido um acidente com o filho dela e que ele teria sido encaminhado ao Hospital Estadual de Urgências da Região Noroeste de Goiânia Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol).
No relatório médico, o hospital explica ter ocorrido o esmagamento e a fratura da falange distral do dedo indicador da mão esquerda, ocasionando na necessidade de amputação. Após passar pela cirurgia, o menino teve alta na quinta-feira (11).
Segundo a mãe, inicialmente a versão que teria sido contada pela coordenadora da unidade que estava no Hugol a esperando, é que um colega de classe de Caleb teria fechado a mão dele no armário. No entanto, Amanda ressalta que o filho teria negado essa versão e apontado que a professora quem teria sido a responsável por fecha o dedo da criança.
Ela ainda pontua que, no dia seguinte, foi até a instituição para cobrar explicações e que, na ocasião, e a diretoria também informou que a professora quem teria prensado o dedo da criança, de forma acidental, no armário de madeira em questão.
Na sexta-feira (12), Amanda registrou o caso na Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA).
"Eu quero que a vida das outras crianças seja preservada. Que prestem atenção nas crianças e que isso sirva de alerta para as mães e professores", disse Amanda.
De acordo com a delegada responsável pelo caso, Caroline Borges Braga, o inquérito ainda está em fase inicial e nenhuma testemunha ainda foi ouvida. No entanto, os envolvidos devem ser intimados em breve.
“Vamos verificar a possibilidade de uma lesão corporal culposa ou dolosa”, explicou.
Nota na íntegra da Secretaria Municipal de Educação de Goiânia
"A respeito do incidente que ocorreu no Cmei Ipê Amarelo, a Secretaria Municipal de Educação (SME) informa o que se segue:
Ao tomar conhecimento do fato, a SME Goiânia instaurou um procedimento para apurar e oferecer todo suporte necessário à família.
Durante o ocorrido, a SME ressalta que servidores da instituição providenciaram atendimento médico imediato para a criança.
O fato envolvendo o estudante de 4 anos, que frenquenta a unidade desde o primeiro ano de vida, ocorreu na última quarta-feira (10/08).
Além de acompanhar o ocorrido, a SME disponibilizou acompanhamento psicológico à família e acionou o Núcleo de Mediação de Conflitos para orientar profissionais e a comunidade escolar.
A SME reforça que orienta seus profissionais a cumprir os protocolos estabelecidos em legislação, uma vez que a segurança e o bem-estar dos estudantes são prioridades para a gestão municipal.
Vale ressaltar, por fim, que os profissionais da SME são capacitados e treinados para prevenção, bem como para atuar em possíveis ocorrências que demandem ações de primeiros socorros."