A criança de 4 anos que foi espancada até ter o rosto desfigurado, em Morrinhos, no sul de Goiás, teve os ombros deslocados, um braço quebrado, um coágulo na cabeça e sinais de queimadura, segundo a Polícia Civil. A mãe da menina, de 22 anos, e a companheira dela, de 26, foram presas suspeitas do crime.
A menina foi encaminhada ao Hospital Estadual de Urgências da Região Noroeste de Goiânia Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol). Segundo a unidade, ela está em uma Unidade e Terapia Intensiva (UTI), em estado grave, consciente e respirando de forma espontânea.
O delegado Fernando Gontijo explicou que ainda não foi possível apurar há quanto tempo a menina era agredida. No entanto, os machucados apontam que as agressões aconteciam há semanas.
Segundo a polícia, a criança estava com as mulheres há apenas dois meses. O delegado ainda contou que as suspeitas escondiam a menina dos familiares para que eles não tivessem conhecimento das agressões.
"Elas escondiam a criança. A mãe somente apresentou a criança na delegacia porque o tio da crianca, entrou na casa sem autorização da mãe e viu o estado da criança", detalhou Fernando.
A polícia informou que a menina não foi registrada pelo pai e que não tem informações sobre ele ou se ele tinha conhecimento das agressões.
"Provavelmente não teve nenhum contato com ele", disse o delegado.
Prisão
Segundo a polícia, as mulheres foram presas na terça-feira (28), após a mãe da menina procurar a delegacia para denunciar a companheira, que segundo ela, teria agredido a vítima. A mãe, porém, também acabou sendo presa depois que a polícia comprovou que ela participou do crime.
“A criança está toda destruída, precisamos correr com ela para o hospital de Morrinhos. Devido a gravidade, ela foi transferida para Goiânia. No relatório médico preliminar, ela tinha até queimaduras. Vamos aguardar o laudo para saber o que realmente aconteceu. Acreditamos que as agressões já ocorrem há alguns dias”, afirmou Fabiano.
As duas foram autuadas por tentativa de homicídio qualificado. Segundo a polícia, a mãe da menina também pode responder por falsa comunicação de crime.